Numa simples ida ao mercado,vemos o quanto o povo ainda não está preparado para se prevenir contra a contaminação pelo Corona Vírus. Apesar de toda a informação, quase 24 horas na TV e no rádio, se observarmos um pouco, percebemos que as pessoas ainda não entenderam. Dentro do Super Prix do Largo do Verdun, no Grajaú no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 23/03/2020, pessoas coçando o nariz, passando a mão no rosto, ajeitando óculos, desrespeitando a recomendação de manter a distância, casais e beijando, andando de mãos dadas, pessoas com máscaras cobrindo só a boca e o nariz de fora, entre outras coisas não recomendadas. Mas fora essas coisas banais, duas situações me chamaram bastante a atenção.
Vi uma senhora e uma adolescente de máscaras. Aquelas azuis, bonitonas, com filtro na lateral, alta tecnologia. Pensei: "apensar de ainda não se recomendar o uso indiscriminado de máscaras, elas pelo menos estão se prevenindo". Quando estava na fila pra pagar, aquela fila interminável, fiquei atento em manter a distância de um metro das pessoas, apesar de a maioria não estar nem aí pra isso. Olhando pro lado, vi a adolescente com sua máscara 'hitech'. De repente, ela pegou um saco de batata do carrinho, abaixou a máscara até o pescoço, abriu o saco de batata e comeu saborosamente, como se não houvesse amanhã. Pode? Pra que gastou uma máscara?
Uma mulher com cara de preocupada, usava, em cada mão, um saco transparente. Daqueles de embalar frutas e legumes que todo mercado tem. Estudos já apontam que o vírus se mantem vivo e ativo no plástico por alguns dias. Tudo bem. Pelo menos ela está preocupada, pensei. Ela empurrava o carrinho, pegava os produtos embalados e os legumes e frutas, tudo com os sacos nas mãos. Uma hora o telefone tocou. Ela não titubeou: pegou o telefone, atendeu e colocou no ouvido com o saco embalando a mão. O mesmo saco que ela tinha tocado em tudo.
Se informe. Carioca, faça sua parte.
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